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Roteiro e síntese das entrevistas sobre o espaço da intervenção

Roteiro de entrevista:


- Introdução: Somos do primeiro período de Arquitetura e Urbanismo diurno e estamos fazendo uma pesquisa sobre os elevadores e seu uso na Escola. Perguntar se pode fazer uma gravação.

- Perguntas pessoais: Nome e função na Escola de Arquitetura

- Porque você utilizou o elevador e não a escada (e vice versa)

- Quais as sensações que você tem dentro do elevador?

- Como você se sente em relação à presença de outras pessoas no elevador?

- De que forma você ocupa o espaço da escola fora do horário de aula?


Entrevistas sobre o nosso local de intervenção: elevador

Entrevista 1: 

Nicole: Boa tarde, nós somos do primeiro período de arquitetura diurno e estamos fazendo um trabalho de AIA, projeto 1, e nós vamos fazer uma intervenção no elevador e queríamos fazer algumas perguntas sobre esse espaço. Qual é o seu nome? E qual curso você faz?

Entrevistada 1: Thaís, faço design.

Nicole: Thaís, você costuma usar mais a escada ou o elevador? 

E. 1: Ah, eu uso mais a escada.

Nicole: Mais a escada? 

E. 1: isso. 

Nicole: E quando você usa o elevador tem algum motivo especifico para esse uso?

E. 1: ah... cansaço

Nicole: E o que você a acha da sensação dentro do elevador? 

E. 1: Eu tava até pensando, eu tenho um pouquinho de fobia de elevador, mas assim, depois que trocaram aqui, porque antes, não sei se vocês chegaram a pegar, mas parava no meio e o pessoal tinha que sair... Porque não parava no andar certo, sabe?

Nicole e Júlia: sim...

 E. 1: Depois desse tá bem melhor, então... Já deu uma melhorada. 

Nicole: O que você pensa sobre estar nele sozinha ou com outras pessoas, muda a sensação? 

E. 1: Ah, é que eu já não gosto muito de estar dentro, mas se eu estou com pessoas que eu já conheço, fica mais tranquilo. 

Nicole: E quando você tá com algum desconhecido, qual a sensação? 

E. 1: É meio, tipo assim, aquela sensação que você não sabe o que fazer, você não sabe se cumprimenta, dá oi ou fica quieta, mas é tranquilo.

Nicole: É isso então Thaís, muito obrigada!

Júlia: Obrigada!


Entrevista 2: 

Hugo: Eu me chamo Hugo, ele Flávio, a gente é do primeiro período, estamos fazendo um trabalho da matéria de AIA, a gente tá fazendo algumas perguntinhas sobre o elevador, o elevador é o nosso espaço onde vamos fazer uma intervenção, e estamos fazendo uma pesquisa sobre ele. Vocês usam mais a escada ou o elevador. 

E. 2:  A escada porque eu tomei trauma.

Hugo: Trauma? 

E. 2: É, porque eu tava saindo do elevador, aí ele fez um barulho, aí ele não fechou mais.

Hugo: E o que aconteceu depois? 

E. 2: passaram uma fita e arrumaram.

Hugo: Deu problema justamente com você...

E. 2: É.

Hugo: Que situação! 

E. 2: Aí eu falei assim: não vou andar mais nesse. Agora vou de escada.

Hugo: Independente do andar? 

E. 2: Ah, as vezes quando é no quarto dá uma “preguicinha”, aí eu pego o outro, o que não deu problema. 

Hugo: E você? 

E. 3: Eu uso se eu for pro terceiro ou quarto andar.

Hugo: Entendi.

E. 3: Pro segundo eu acho que é um pedaço que você pode fazer na escada.

Hugo: Sim.

E. 3: Inclusive eu julgo as pessoas que pegam o elevador pro segundo andar, vou falar isso bem alto no D.A. 

Hugo: Justo... Mas por que você pega pro terceiro e quarto, normalmente? 

E. 3: Porque tem mais escada pra subir.

Hugo: Entendi, entendi... E assim, sobre as sensações do elevador, quando você tá sozinho, como é que você se sente? 

E. 3: Hum... A iluminação do elevador não foi feita pra você se sentir bonito, essa é uma intervenção que vocês podem trabalhar hahaha... Porque ele pega muito de cima, aqui assim, faz sombra no rosto, então você chega de manhã na aula e acha que você tá horrível. 

E. 2: Exatamente. 

Hugo: Certo, haha... Você concorda (se dirige ao entrevistado 2)

E. 2: É... Eu acho que tipo assim, esse daqui tá bom porque tem o espelho e não parece que você tá tão confinado, entendeu? Mas aí dá uma ampliada no espaço. 

Hugo: Você acha amplo?

E. 2: Não. Não é tão amplo, mas já é melhor do que muitos outros.

Flávio: E quando vocês estão acompanhados de outra pessoa?

E. 2: Sei lá, quatro pessoas já é o limite, entre cinco aí já fica apertado. 

Flávio: como que é estar com outra pessoa dentro do elevador, o sentimento? 

E. 2: Ah, tranquilo. Você fala um “bom dia”...

E. 3: Cara, esse elevador aqui é tranquilo, porque é muito rápido. Não sei se vai servir pro trabalho de vocês, mas onde eu moro são dezesseis andares, então as vezes você fica com a pessoa um tempinho a ponto de se tornar constrangedor...

Hugo: Você mora em qual andar? 

E. 3: No décimo sexto. Aí você fica tipo assim, a pessoa entra e se ela for mal encarada não te dar bom dia, então clima fica estranho. 

Hugo: Eu entendo, moro num prédio com 19 andares também.

E. 3: Pois é, as vezes você fica muitos minutos e é bem estranho.

Hugo: Tá certo gente, muito obrigado!


Entrevista 3: 

Victor: Meu nome é Victor, eu estou aqui com o Hugo, nós somos alunos da graduação de arquitetura diurno, e a gente tá com a...

E. 4: Leila.

Victor: A Leila. Qual é a sua ocupação Leila?

E. 4: Eu sou dos serviços gerais.

Victor: É... Leila, você costuma usar o elevador ou a escada pra se locomover aqui dentro da escola? 

E. 4: Uso mais o elevador.

Victor: O elevador. 

Hugo: Por que? 

E. 4: Porque você ficar subindo escada toda hora com balde, peso pra lá e pra cá... Eu tenho que levar vassoura, rodo, balde com água, então a gente usa mais o elevador. 

Hugo: Certo. 

Victor: E qual que é a sensação que você tem quando você entra no elevador?

Hugo: Quando está sozinha?

E. 4: Sensação... Eu digo assim, o elevador é mais prático, né? Você ficar subindo com peso em escada é ruim demais, ainda mais com balde... muita coisa para você levar pra fazer limpeza, então o elevador é mais prático. 

Hugo: Sim, sem dúvidas. Mas quando você tá com balde ocupa um pouquinho mais de espaço, como você se sente quando tem outras pessoas no elevador? 

E. 4: Por mim é de boa, tranquilo.

Hugo: Certinho, muito obrigado!


Entrevista 4:

Hugo: A gente tá fazendo um trabalho de Fundamentação de Projeto 1, AIA, e a gente tá fazendo uma pesquisa sobre o elevador, porque ele é o espaço que nós vamos fazer uma intervenção. Eu me chamo Hugo, esse é o Victor, e a gente tem algumas perguntinhas. Certo? 

E. 5: Uhum. 

Hugo: Seu nome?

E. 5: É Max.

Hugo: Período? Idade? O que você faz aqui? 

E. 5: Eu to no segundo período, eu tenho dezoito anos e sou estudante de arquitetura. 

Hugo: Certo. Geralmente você usa o elevador ou a escada? 

E. 5: Geralmente eu uso a escada. 

Hugo: Por que? 

E. 5: Porque eu acho que é mais rápido. Por mais que canse mais, as vezes o elevador demora pra descer, ou, muitas vezes, ele tá lotado também, principalmente quando eu chego na Escola e todo muito vai subir pra aula.

Hugo: Certo. E... Em alguma situação você usa o elevador? Alguma especifica? 

E. 5: De vez em quando eu uso, as vezes quando eu chego depois do almoço e quando tem aula no quarto andar, aí eu subo de elevador, quando tá mais vazio. 

Hugo: Sim. Quais sensações você tem no elevador quando você tá sozinho ou acompanhado? 

E. 5: Eu sinto... É, como tem um espelho ali as vezes eu fico muito distraído, por causa do espelho, quando tem alguém a gente geralmente conversa, mas é uma conversa rápida. Sozinho, parece que nem passa assim, a gente nem percebe muito. 

Hugo: Você acha que as sensações são diferentes, quando você tá sozinho ou quando tem outras pessoas?

E. 5: Com certeza. Quando tá sozinho você não percebe muito... Aliás você percebe mais o elevador, quando você tá com alguém você não percebe tanto, e quando você tá sozinho dá pra perceber muito as paredes porque elas são refletoras, parece um lugar muito claro assim, o espelho e tal... É diferente

Hugo: Sim. E qual a sensação você tem quando está com outras pessoas? 

E. 5: Com outras pessoas... É parece um lugar meio apertado e seguro, você pode conversar tranquilo, num volume bom, sem medo de atrapalhar ninguém, é um lugar bem privado.

Hugo: Certo. Obrigado!


Síntese das entrevistas:

Pelo que pude ver com as entrevistas que fizemos, parte dos entrevistados relatam uma certa insegurança com o uso diário do elevador, devido a problemas que já aconteceram e que podem acontecer, como barulhos no elevador ou as pessoas ficarem presas dentro dele. Também vi que no caso dos funcionários da limpeza, o uso do elevador é mais benéfico, pela rapidez para chegar em outro piso, além de facilitar o manejo de equipamentos de limpeza, como rodos, vassouras e baldes com água, que seriam mais pesados. Em relação às sensações no elevador, elas também mudam de acordo com o entrevistado, pois tivemos entrevistas em que a pessoa disse se sentir mais insegura mesmo tendo pessoas dentro do elevador, uma certa timidez, e em outro caso, o entrevistado se sentia mais seguro e tranquilo para conversar no elevador com outras pessoas. Além disso, alguns elementos do elevador como as luzes e o espelho, despertam diferentes sensações em cada entrevistado, sejam positivas ou negativas. Logo, consegui me identificar com alguns pontos abordados nas entrevistas, e também pude ver que a relação de substancia por meio de cores, que o grupo do qual faço parte fez no SketchUp sensitivo, foi muito perceptível nesses casos das entrevistas, sinalizando momentos de insegurança e tranquilidade nos entrevistados.


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