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Texto sobre a Sintegração do Livro "Lições de Arquitetura", de Herman Hertzberger

Na primeira rodada da dinâmica fui um dos críticos sobre o tema: Estrutura e Interpretação; forma e interpretação. Nesse período o grupo discutiu as várias funções que um local pode ter a partir de relações sociais no espaço. Trouxemos como exemplo o hall da Escola de Arquitetura, que na realidade é um local feito para a passagem de pessoas, todavia, ele tem vários usos além desse, como a ministração de reuniões estudantis, apresentação de trabalhos discentes, momentos de debates e de descanso por parte dos estudantes da instituição. Com isso, é possível ver que essas funções não eram determinadas na época de construção, mas foram incorporadas com o tempo, com a fomentação de vínculos e círculos sociais. Pude sair dessa rodada de debates com essa visão de que como futuros arquitetos, devemos pensar mais na questão humanitária e social na arquitetura do que apenas essa relação de elaborar uma obra que seja contemplativa. Sobre o lugar escolhido, o hall do MOM/Lagear, achei interessante a presença de luz natural naquele local, pois está presente uma porta de vidro de frente para as escadas, na qual é possível se ter uma boa visão da praça da escola e ao mesmo tempo proporciona um ambiente bem iluminado, dando a impressão de estar tanto do lado de dentro quanto do lado de fora da área escolar, ideia essa bem representada no livro de Hertzberger.

Na segunda rodada fui um dos debatedores sobre a tema: O intervalo, Demarcações privadas no espaço público; Conceito de obra pública. Nesse momento o grupo trouxe exemplos de cidades do interior, em que seus moradores usam a parte exterior de suas casas como áreas de plantio de frutas e verduras. Como certas regiões interioranas não possuem muros delimitando suas casas, o grupo falou sobre famílias que se apropriam de uma área externa de sua casa, como extensão da habitação, para cultivar grãos e folhas para consumo próprio e venda. Isso me fez lembrar da parte do livro, "Lições de Arquitetura", em que o autor cita algumas casas com bancos para descanso na frente da habitação, dando uma ideia de extensão de suas atividades pessoais numa área mais pública, com o olhar dos cidadãos que passam na rua. Pude ver que medidas simples podem resultar em ótimas ideias sobre essa relação de público e privado nas construções atuais. O local escolhido, que foi a parte de baixo da escada perto do laboratório Radamés, me chamou a atenção pelo fato de ser ter pouca iluminação naquele local, mas por outro lado proporciona um acesso rápido dos andares acima para um dos laboratórios mais importantes da Escola de Arquitetura.

Na terceira etapa da dinâmica o tema proposto foi a parte "Visão 3" do livro de Hertzberger, nessa etapa fui um dos observadores. O grupo falou muito sobre a questão de habitações de interesse social, em que são produzidas casas padronizadas para famílias carentes pelo Brasil, através de programas sociais como o Minha Casa Minha Vida e o Casa Verde e Amarela. Essa ideia de moradia, segundo o grupo, teria o beneficio de se ter um ambiente estruturado e com saneamento para se habitar e um ponto negativo que seria a perda de pertencimento do morador ao se mudar da comunidade onde residia, para um local em que não teve nenhuma participação na elaboração. Com essa rodada pude compreender que em grande parte o urbanismo parece ser imposto na sociedade, ao invés de ser algo que tenha a participação do futuro morador na elaboração do projeto, para que se tenha uma arquitetura mais inclusiva e democrática. Em relação ao local escolhido para o debate, que foi o corredor ao lado do bebedouro do terceiro andar, pude ver que é uma área de muita circulação de pessoas, por causa da grande quantidade de salas no andar, além disso é uma área de boa iluminação natural, com janelas em fita que facilitam tanto a entrada de luz quanto de ar.

A última rodada do debate foi marcada pela discursão do tema "Ordenamento da construção", nessa parte fui um dos debatedores. O grupo trouxe nessa etapa a importância do modelamento do espaço por parte do próprio habitante, seja no meio residencial ou laboral. O livro de Hertzberger traz exemplos de escritórios que possuem áreas reservadas para trabalhadores de diversas funções, em que eles mesmos modelam o ambiente de trabalho de acordo com o seu gosto, tornando um local mais tranquilo para exercerem suas funções diárias. Essas ações me fizeram pensar que a criação de ambientes com esse tipo de flexibilidade, fazem com que as pessoas se sintam confortáveis para trabalhar e para se relacionarem com os demais colegas de trabalho. O local escolhido para a dinâmica desta vez foi a área entre o hall de elevadores e o pátio interno do primeiro andar da escola. Essa área também é outra região de muita circulação de pessoas, pois é uma região de encontro de quem está chegando na escola e de quem está transitando na parte interna do prédio, além de ser um local de boa ventilação e iluminação, por causa da grande porta de vidro ao lado da estátua do profeta.



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